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IGP-M chega a 0,78% em julho e acumula alta de 33,83% em 12 meses

Fonte: O Estado de S.Paulo
29/07/2021
Geral

O Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), normalmente usado para corrigir contratos de aluguel de imóveis, acelerou a 0,78% em julho depois de ter ficado em 0,60% em junho, informou nesta quinta-feira, 29, a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado ficou abaixo da maioria das estimativas de analistas do mercado ouvidos pelo Projeções Broadcast, de alta de 0,90%. 

Apesar da aceleração, o IGP-M acumulado em 12 meses desacelerou de 35,75% para 33,83%, a segunda redução consecutiva nessa base de comparação. Em 2021, o índice acumula alta de 15,98%.

Entre os componentes do indicador, Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) passou de 0,42% em junho para 0,71% neste mês. O índice de preços no atacado acumula inflação de 44,25% em 12 meses e de 19,83% em 2021.

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de 0,57% para 0,83%, com inflação acumulada de 8,31% em 12 meses e de 4,26% no ano. O Índice Nacional de Custos da Construção (INCC-M), divulgado pela FGV na terça-feira, 27, desacelerou de 2,30% para 1,24% e acumula alta de 17,35% em 12 meses e de 10,75% em 2021.

Custos do produtor em alta

A alta do IPA-M foi puxada pela aceleração do IPA industrial (0,94% para 1,50%) e, por outro lado,  foi contida pelo IPA agropecuário, que aprofundou o movimento de deflação (-0,90% para -1,33%).

Apesar da aceleração em julho, a inflação acumulada em 12 meses pelo IPA arrefeceu, de 47,53% no mês passado para 44,25%. Nesta base, o movimento de alívio foi visto tanto nos preços ao produtor agropecuário (53,29% para 46,65%), quanto no índice de produtos industriais (45,41% para 43,37%).

"Efeitos sazonais, exportações e a alta acumulada nos preços das rações orientaram a aceleração do índice ao produtor, que, nesta apuração, contou com a destacada influência de três itens: minério de ferro (-3,04% para 2,70%), adubos ou fertilizantes (5,70% para 14,28%) e leite in natura (6,20% para 5,74%)", afirmou o coordenador dos Índices de Preços da FGV, André Braz, em nota.

A aceleração do IPA foi puxada pelo aumento das matérias-primas brutas, de deflação de 1,28% em junho para alta de 0,09% em julho. Além do minério de ferro, suínos (-13,50% para 5,69%) e mandioca/aipim (-6,01% para 3,57%) ajudaram a inverter o sinal do grupo. Na outra ponta, o comportamento da cana de açúcar (7,73% para 1,36%), café em grão (8,15% para 0,04%) e soja em grão (-4,71% para -5,92%) impediram uma aceleração mais forte.

Na outra ponta, a FGV registrou desaceleração dos bens finais (1,32% para 1,08%) e bens intermediários (1,78% para 1,15%), puxados, respectivamente, por alimentos processados (2,45% para 1,36%) e materiais e componentes para manufatura (1,71% para 0,11%).

As matérias-primas brutas acumulam inflação de 23,60% em 2021 e de 61,20% em 12 meses, enquanto bens finais têm alta de 10,38% no ano e de 23,90% em 12 meses e bens intermediários sobem 24,35% em 2021 e 46,15% em 12 meses.